A
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se prepara para viver o Ano
Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa Francisco, uma oportunidade de
profunda transformação dos fiéis, em que é concedido pela Igreja o dom da
Indulgência Plenária.
O Jubileu
da Misericórdia começará, oficialmente, no dia 8 de dezembro, na Solenidade da
Imaculada Conceição, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no
Vaticano. Também nessa data se comemora o 50º aniversário da conclusão do
Concílio Vaticano II. Nas demais dioceses do mundo inteiro, a abertura das
Portas Santas se dará no dia 13 de dezembro. Antes disso, em razão de sua
solicitude pastoral, o Santo Padre abrirá a Porta Santa na Catedral de Bangui,
na República Centro Africana, no dia 29 de novembro, quando em visita ao país.
O encerramento do Ano Santo será no dia 20 de novembro de 2016.
Abertura das Portas Na Arquidiocese
do Rio
Na
Arquidiocese de São Sebastião do Rio de janeiro, sete igrejas terão Portas
Santas, ou seja, locais que representam, simbolicamente, uma porta por onde se
passa como marca de transformação. São a marca de uma proposta de abandono dos
velhos hábitos e busca pelo alcance da misericórdia de Deus e a mudança de
vida.
No dia 13
de dezembro, quando serão abertas as Portas Santas do Rio, a primeira
celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Orani João
Tempesta, na Catedral de São Sebastião, às 10h. A missa será precedida por um
momento de oração e procissão com início às 8h30 na Igreja Nossa Senhora do
Carmo da Lapa, situada na Rua da Lapa, no Centro, em direção à Catedral, onde o
cardeal celebrará missa após a abertura da Porta Santa e a proclamação do Ano
Santo da Misericórdia.
As demais
cerimônias ocorrerão no Santuário do Cristo Redentor, no Corcovado, às 12h, com
Dom Antonio Augusto Dias Duarte; no Santuário de Nossa Senhora da Penha, na
Penha, às 16h, com Dom Roque Costa Souza; no Santuário de Nossa Senhora de
Schoenstatt, em Vargem Pequena, às 16h, Vicariato Jacarepaguá, com
Dom Karl Josef Romer; na Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz, às
18h, também com Dom Orani; na Igreja Coração Eucarístico, em Santíssimo, às
18h, com Luís Henrique da Silva Brito; e no Santuário da Divina Misericórdia,
em Vila Valqueire, às 19h30, com Dom Paulo Cezar Costa.
Jubileu
“Há
momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o
olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do
Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da
Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar
mais forte e eficaz o testemunho dos crentes”, afirmou o Papa Francisco em sua
bula de proclamação do Jubileu Extraordinário, a Misericordiae Vultus.
Um
jubileu é um momento de conversão vivido pela Igreja Católica a cada 25 anos. O
Ano Santo é marcado pela proposta de conversão do espírito e pelo perdão
definitivo dos pecados confessados e dos quais as pessoas se arrependem. Este
perdão chega através do Sacramento da Reconciliação, mais conhecido como
confissão. Além disso, o Ano Santo é também uma oportunidade para a concessão
das indulgências.
Quando
encontra uma necessidade urgente, o Papa pode convocar um Jubileu
Extraordinário, como foi o caso da Misericórdia.
Proclamação,
peregrinação, atuação e transformação:
“Transformar
o quê? Esse mundo que está aí”, exclamou o coordenador arquidiocesano de
pastoral, monsenhor Joel Portella Amado. Ele, um dos responsáveis do projeto
para a vivência do Ano da Misericórdia na arquidiocese, explicou que a vivência
do jubileu compreende diversas etapas, que podem e devem ser articuladas entre
si. São elas a proclamação da misericórdia, a peregrinação, a atuação e a
transformação. O objetivo desse conjunto de passos é conseguir transformar o
mundo de hoje.
“Proclamação é explicar às pessoas o que é a misericórdia de Deus e
quais as implicações dela. Isso pode e deve ser feito em qualquer lugar, desde
o nível interpessoal até uma palestra”, pontuou monsenhor Joel.
A peregrinação consiste, como indica a origem da palavra, em caminhar
pelo campo. “Significa, portanto, atravessar o que for preciso para conseguir o
que é necessário. O carioca terá sete lugares para fazer a peregrinação”,
completou o coordenador.
O rito consiste em as pessoas, como gesto de conversão interior,
atravessarem essa Porta Santa e depois ouvirem a proclamação da misericórdia.
Em seguida, rezar, se confessar e participar da missa. Essa etapa será
realizada a partir do dia 13 nos sete locais referidos.
Gestos
concretos
A Arquidiocese do Rio elaborou quatro gestos concretos especificamente
voltados para a prática da misericórdia:
.A escuta; o perdão e a reconciliação; a mediação; e atuação junto aos
jovens sob medida socioeducativa. Os quatro formam um movimento ascendente: a
escuta e o perdão são preventivos, a mediação e a atuação junto aos jovens são
corretivas. Essas propostas foram pensadas devido a algumas características de
uma grande cidade como o Rio de Janeiro. A primeira característica é o
descompasso entre uma população tão numerosa e a dificuldade que as pessoas têm
de ser escutadas, de parar para dialogar e encontrar caminhos para a solução de
seus problemas. “Escutar é um gesto de misericórdia muito atual, e todos os
católicos são convocados a desenvolverem essa atitude”, disse monsenhor Joel.
.
Obras
de Misericórdia
Para cada mês do Ano Santo, o Projeto Arquidiocesano indicou uma obra de
misericórdia específica, diretamente ligada ao que as pessoas estão vivenciando.
Pode ser o momento litúrgico ou uma realidade com a qual as pessoas estão
acostumadas. “As pessoas podem escolher a obra de misericórdia que desejarem”,
afirmou monsenhor Joel. “A lista das obras vai ser disponibilizada para todos.
A indicação de uma obra por mês vai ajudar muito na unidade arquidiocesana, no
sentido de que toda a arquidiocese estará agindo na mesma direção. Isso não
significa retirar das pessoas a liberdade, mas chamar a atenção para a unidade.
De algum modo, unidade e misericórdia estão muito ligadas”, completou.
Portas
Santas na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Catedral de
São Sebastião do Rio de Janeiro-Centro
Santuário Cristo Redentor, no Corcovado
Santuário da Divina Misericórdia, em Vila Valqueire
Igreja Nossa Senhora da Conceição, em Santa Cruz
Santuário de Schoenstatt, em Vargem Pequena
Fonte: Sistema ArqRio
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